quinta-feira, 11 de junho de 2009

Namoro virtual: mesmo sem beijo na boca há quem adore


A internet pode ser o lugar ideal para achar sua cara-metade, mas será que o namoro à distância dá certo?

Os jovens criaram o hábito de fazer tudo pela internet: conversar com os amigos, baixar músicas, imagens, games, fazer compras, e até conseguir um emprego. Uma conseqüência natural disso é que essa geração passe a procurar também um relacionamento pela web.

A comodidade de conhecer pessoas sem precisar sair de casa, o poder de deletar alguém que não está agradando e não correr o risco de um fora cara a cara são alguns dos atrativos da rede. Ela surge como uma alternativa para os mais tímidos, que podem assumir um personagem e paquerar à vontade, sem medo da exposição ou da rejeição direta.
Muitas vezes classificada como impessoal, a internet, na verdade, funciona como um filtro. Tanto nos chats quanto nos sites de namoro, é possível selecionar o tipo de pessoa com quem se quer teclar: por idade, região, interesses em comum. Ao encontrar alguém com quem tenha afinidade, a tendência do internauta é sair da sala de bate-papo e continuar a conversa pelo messenger.

Romantismo
Mas como é possível se apaixonar por alguém sem nunca tê-lo visto pessoalmente? Carência e solidão são os principais motivos e favorecem a idealização do outro. "A amizade que antecede o namoro pode tornar o envolvimento muito maior", afirma o psicólogo Gustavo Fernandes, especialista em terapia adolescente. Apesar da frieza do computador, os namoros online são cheios de romantismo. Sem o contato físico, a necessidade afetiva do casal é suprida pela troca de mensagens apaixonadas, fotos e cartões virtuais.

Engana-se quem acha que esses relacionamentos à distância não têm como dar certo. Tatiane Barreto, 20 anos, namora virtualmente há um ano e sete meses. Conheceu Tiago Rodrigues no bate-papo do BOL e trocaram muitas mensagens antes de começarem a se falar por telefone. Apesar de nunca terem se visto pessoalmente e nem saber quando isso vai acontecer - ela mora em Salvador e ele em São Paulo -, Tatiane está apaixonada e é fiel: "Depois que comecei a namorar, passo mais tempo em casa. E Tiago, que era super baladeiro, também. A mãe dele apóia nosso namoro e me conta tudo o que ele faz, se sai, se chega tarde." Os dois conhecem quase toda a família um do outro, por telefone, é claro.

Nem tudo são flores



Os namoros virtuais podem levar a um individualismo exagerado. Uma vez distante, as pessoas não desenvolvem sentimentos como a tolerância e o companheirismo. Pelo computador, elas podem sumir da vida umas das outras sem deixar vestígios, simplesmente apertando o botão delete.

Se por um lado o anonimato inicial da internet é vantajoso, por outro é um risco. A possibilidade de mascarar seus defeitos com nicknames como "gato sarado" ou "gatinha manhosa" é a mesma que um criminoso tem de se esconder atrás da tela do micro. São cada vez mais freqüentes os casos de pedofilia ou golpes que começam na rede. Por isso, antes de se comprometer, pense em sua segurança para evitar problemas ou decepções no futuro.

Dicas para quem quer tentar a sorte:

* Os sites de relacionamento são, na maioria, para maiores de 18 anos. Se for mais jovem, procure um chat.

* Escolha um nickname original e que tenha a ver com você

* Não minta, mas fique esperto com os mentirosos de plantão.

* Não dê seu telefone residencial, endereço e dados bancários.

* Cuidado com as fotos que irá trocar, elas podem cair em mãos erradas.

* Se for marcar um encontro, escolha um lugar público.

Fonte: Guia da Semana



XOXO

Um comentário:

Milena Lima disse...

Sou de Salvador e namoro um garoto do Rio de Janeiro, nosso relacionamento começou através da internet, e tem aqueles que não acreditem que não pode dar certo, pelo contrário, criamos um laço de confiança e nos gostamos bastante, não temos segredos e além de um namorado encontrei um grande amigo, nunca nos vimos pessoalmente porém esse é nosso maior desejo. Enfim, apoio totalmente qualquer relacionamento virtual e acredite, dá certo.